
Almada é o mais renhido combate entre PS e CDU. Ninguém desiste, mas também ninguém se arrisca a deitar foguetes se a festa é incerta
Almada é o mais renhido combate entre PS e CDU. Ninguém desiste, mas também ninguém se arrisca a deitar foguetes se a festa é incerta
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Inês de Medeiros entrega o folheto de campanha ao dono do café Loja dos Sabores, ali mesmo ao lado da sede da Junta de Freguesia, e o homem nem perde um segundo para ditar o veredicto: “O nosso presidente tem cara de enjoadinho.” “Enjoadinho é que ele não é!”, responde a autarca de Almada, que está ombro a ombro com Pedro Matias, o visado presidente da Junta da Charneca da Caparica. À primeira vista, até parecia um incidente de campanha, mas os candidatos socialistas e o comerciante desatam a rir, e tudo acaba aos abraços e pancadinhas nas costas. “Vê lá é se votas!”, diz à despedida e em tom de ordem o presidente da Junta.
Pedro Matias faz as honras da casa, entra em todas as lojas, trata todos por tu e muitos pelo próprio nome. Abre à vontade o caminho à autarca, que se recandidata à Câmara, e não tem dúvidas de que a proeza conseguida há quatro anos pelo PS (de roubar o histórico bastião de Almada ao PCP) é para repetir e “até com maior força”. Há carros que apitam para saudar a ‘presidenta’ e Pedro Matias não perde o fio à conversa: “Aqui, na Charneca, vão levar uma abada de todo o tamanho”, vaticina.
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